"Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas". (Mateus 7:12)
Só a convivência e o
tempo são capazes de mostrar aspectos do caráter das pessoas, sejam elas próximas
ou amigos que demoramos a ver, só esses fatores (tempo e convivência) nos fazem
entender como tratar cada um ao nosso redor. Pois bem, ano passado foi um ano
de muitas reflexões, uma delas é que existem pessoas que querem sempre sua
disponibilidade para ajudá-las, serví-las, algumas até acham que você tem
obrigação de fazê-lo porque são parentes ou “amigos”, mas aprendi que não
funciona assim, a mesma Bíblia que diz que tenho que amar o meu próximo é a
mesma que fala sobre a lei do retorno, sobre dar aquilo que quero receber,
porém como conciliar esses dois princípios?
Aprendi da forma mais
difícil com experiências nada agradáveis. A primeira lição é que quem não convive
comigo e só lembra de mim quando precisa de alguma coisa, não deve estar na
minha lista de prioridades, não que eu não possa ajudar, só não vai ser
prioridade. Não devo me atrapalhar, atrasar compromissos para fazer coisas por
pessoas que em nada influem na minha vida, não posso deixar de honrar acordos
para ajudar.
Lembro que no fim do
ano passado fizemos um culto, não precisava levar nada, era apenas um culto de
ação de graças e poucas pessoas estavam presentes, mesmo tendo convidado
pessoas que foram prioridades em nossa agenda, e olha que só casamentos foram
oito, algumas nem justificaram a ausência. Por outro lado, pessoas que moravam
em outra cidade se deslocaram e estavam lá para se alegrar conosco, pessoas que
cancelaram compromissos para celebrar, nunca esquecerei, serei grata
eternamente.
No entanto, aprendi outra
lição, talvez eu tenha esperado que certos “amigos” nos dessem a mesma
importância que damos a eles, talvez eu tenha me esforçado para servir pessoas que
eu tinha como amigas, mas elas não nutriam o mesmo sentimento. Não quero
receber o que as pessoas não podem e não querem dar, só que tenho que aprender
a não dar e a não fazer o que não posso, aí está o conflito do pensador kkkk.
Não quero que pensem que isso é rancor ou “a pessoa só faz se receber”, não se
trata apenas disso, se trata de não se atrapalhar, não medir esforços para
estar presente na vida de pessoas que nem se quer perguntam se você está vivo e
dizem que são amigas. É sobre isso.
É sobre plantar e
plantar em pessoas que querem apenas receber e nem “muito obrigada” vão dar, ao
contrário, porque discordam em algum momento de você, vão te bloquear e
denegrir sua imagem, tenho experiências com gente assim, gente que deixei de
fazer por mim para ajudar e só restou inimizade. João recebeu as mais profundas
revelações, recostou-se ao peito de Jesus porque foi o único que esteve ao pé
da cruz até o fim. Judas não foi expulso, não foi maltratado, mas não era convidado
na hora da oração no monte, entende a diferença? Não preciso maltratar, não
preciso odiar, devo amar, orar e ajudar, mas priorizar, intimidade, é outra
história.
Quem não celebrou
minha alegria, não chorou minha dor, não precisa ser considerado nos momentos
de escolher quem vai ser prioridade para mim. Posso ajudar, posso servir, é
mandamento, mas deixar de fazer coisas pelos meus ou por mim para fazer por
pessoas que nem lembram que existo, não faço mais. Preciso reconsiderar minhas
ações.
Estou em fase de
amadurecimento e crescimento em Deus, porque de quem mal me conhece, geralmente
apago da memória o que quer que tenha feito, mas por quem nutro sentimentos de amor,
perdoo, mas não cometo os mesmos erros, levanto minha defesa e fico observando
qualquer sinal de mau-caratismo, isso nem sempre é bom ou bíblico. Quem não tem
com que me pague (como diz minha mãe) não me deve nada, mas o crédito fica
fechado.
Digo para você, não se
atrapalhe para fazer coisas que você não tem condições, ame o seu inimigo, mas
tem amigo que o inimigo te faz menos mal, se você tem duas capas, a Bíblia diz
que você doe uma, mas se você só tem uma, não fique no frio para aquecer
“amigos” que só querem sua lã. Se te bateram numa face, ofereça a outra, mas
depois sai de perto, tem “amigo” que se você ficar, vai te esmurrar até te
matar. Se te pedem para ir uma milha, vai duas com ele, mas se no caminho “o
amigo” te deixar descalço e despido considere não andar mais com ele. O inimigo
é declarado, você sabe bem quem não gosta de você sem motivo, e se Deus fizer
uma obra na vida dele, pode se tornar um leal amigo, mas o falso amigo só as
experiências para dizer. E se esse “amigo” se diz crente, mais cuidado ainda,
Paulo ensina que certos “crentes” não deveriam nem sentar à mesa conosco (I Co.
5:11).
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