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Lições de 2024

 

"Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas". (Mateus 7:12)

Só a convivência e o tempo são capazes de mostrar aspectos do caráter das pessoas, sejam elas próximas ou amigos que demoramos a ver, só esses fatores (tempo e convivência) nos fazem entender como tratar cada um ao nosso redor. Pois bem, ano passado foi um ano de muitas reflexões, uma delas é que existem pessoas que querem sempre sua disponibilidade para ajudá-las, serví-las, algumas até acham que você tem obrigação de fazê-lo porque são parentes ou “amigos”, mas aprendi que não funciona assim, a mesma Bíblia que diz que tenho que amar o meu próximo é a mesma que fala sobre a lei do retorno, sobre dar aquilo que quero receber, porém como conciliar esses dois princípios?

Aprendi da forma mais difícil com experiências nada agradáveis. A primeira lição é que quem não convive comigo e só lembra de mim quando precisa de alguma coisa, não deve estar na minha lista de prioridades, não que eu não possa ajudar, só não vai ser prioridade. Não devo me atrapalhar, atrasar compromissos para fazer coisas por pessoas que em nada influem na minha vida, não posso deixar de honrar acordos para ajudar.

Lembro que no fim do ano passado fizemos um culto, não precisava levar nada, era apenas um culto de ação de graças e poucas pessoas estavam presentes, mesmo tendo convidado pessoas que foram prioridades em nossa agenda, e olha que só casamentos foram oito, algumas nem justificaram a ausência. Por outro lado, pessoas que moravam em outra cidade se deslocaram e estavam lá para se alegrar conosco, pessoas que cancelaram compromissos para celebrar, nunca esquecerei, serei grata eternamente.

No entanto, aprendi outra lição, talvez eu tenha esperado que certos “amigos” nos dessem a mesma importância que damos a eles, talvez eu tenha me esforçado para servir pessoas que eu tinha como amigas, mas elas não nutriam o mesmo sentimento. Não quero receber o que as pessoas não podem e não querem dar, só que tenho que aprender a não dar e a não fazer o que não posso, aí está o conflito do pensador kkkk. Não quero que pensem que isso é rancor ou “a pessoa só faz se receber”, não se trata apenas disso, se trata de não se atrapalhar, não medir esforços para estar presente na vida de pessoas que nem se quer perguntam se você está vivo e dizem que são amigas. É sobre isso.

É sobre plantar e plantar em pessoas que querem apenas receber e nem “muito obrigada” vão dar, ao contrário, porque discordam em algum momento de você, vão te bloquear e denegrir sua imagem, tenho experiências com gente assim, gente que deixei de fazer por mim para ajudar e só restou inimizade. João recebeu as mais profundas revelações, recostou-se ao peito de Jesus porque foi o único que esteve ao pé da cruz até o fim. Judas não foi expulso, não foi maltratado, mas não era convidado na hora da oração no monte, entende a diferença? Não preciso maltratar, não preciso odiar, devo amar, orar e ajudar, mas priorizar, intimidade, é outra história.

Quem não celebrou minha alegria, não chorou minha dor, não precisa ser considerado nos momentos de escolher quem vai ser prioridade para mim. Posso ajudar, posso servir, é mandamento, mas deixar de fazer coisas pelos meus ou por mim para fazer por pessoas que nem lembram que existo, não faço mais. Preciso reconsiderar minhas ações.

Estou em fase de amadurecimento e crescimento em Deus, porque de quem mal me conhece, geralmente apago da memória o que quer que tenha feito, mas por quem nutro sentimentos de amor, perdoo, mas não cometo os mesmos erros, levanto minha defesa e fico observando qualquer sinal de mau-caratismo, isso nem sempre é bom ou bíblico. Quem não tem com que me pague (como diz minha mãe) não me deve nada, mas o crédito fica fechado.

Digo para você, não se atrapalhe para fazer coisas que você não tem condições, ame o seu inimigo, mas tem amigo que o inimigo te faz menos mal, se você tem duas capas, a Bíblia diz que você doe uma, mas se você só tem uma, não fique no frio para aquecer “amigos” que só querem sua lã. Se te bateram numa face, ofereça a outra, mas depois sai de perto, tem “amigo” que se você ficar, vai te esmurrar até te matar. Se te pedem para ir uma milha, vai duas com ele, mas se no caminho “o amigo” te deixar descalço e despido considere não andar mais com ele. O inimigo é declarado, você sabe bem quem não gosta de você sem motivo, e se Deus fizer uma obra na vida dele, pode se tornar um leal amigo, mas o falso amigo só as experiências para dizer. E se esse “amigo” se diz crente, mais cuidado ainda, Paulo ensina que certos “crentes” não deveriam nem sentar à mesa conosco (I Co. 5:11).

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