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Sexo sem compromisso e filhos sem pai.


 Segundo pesquisa comentada por Aradzenka (2022), o percentual de filhos sem registro paterno significa 6,6% dos nascimentos, e apesar de um número menor de nascimentos atualmente, esse percentual só cresce. Acredito que tanta irresponsabilidade paterna tem causas também no que conhecemos e aceitamos como “liberação sexual”.

Pode parecer machista, no entanto, como dizem as feministas “seu corpo é seu” e o mínimo é que saiba com quem se esteve para uma possível gravidez ser assumida. Os filhos são das mães  pelos motivos óbvios da natureza, elas que carregam, parem e amamentam, também porque juridicamente, as mães é que ficam em quase todos os casos com a guarda dos filhos, e se as mulheres não sabem quem é o pai da criança, dificilmente algum homem vai se candidatar ao cargo já que cada dia mais ouvimos o discurso de que as mulheres não precisam de homem.

O caso é que para conseguir educar e alimentar uma criança é necessária uma estrutura familiar, assim chegamos ao âmago da questão, sexo responsável, porque se você não souber quem é o pai do seu filho, ou se for abandonada pelo pai da criança, alguém terá que assumir o papel de mantenedor da família que por séculos foi exercido por homens, se não há um homem responsável por isso, você vai ficar sobrecarregada e seu marido será seu emprego e o Estado. Enquanto você busca sobrevivência, o Estado, através da creche ou escola, vai assumir a educação integral da sua criança.

Se as mulheres precisam ou não de homem, fica a cargo de cada uma, porém filho precisa de pai e esse abandono paterno é a causa de problemas sociais e econômicos. Não só a falta de registro é problemática, o divórcio é outro problema que causa transtornos emocionais, assim como famílias que vivem unidas, porém em um ambiente familiar doentio. Criança precisa de pai, mãe e estrutura familiar adequada.

Outra pesquisa confiável é a de março de 2021, no Gazeta do povo, na manchete, Castro (2021) apresenta estatísticas que ligam diretamente a ausência paterna com a criminalidade juvenil. Não é preciso ser especialista para saber que seres humanos, diferente das outras espécies, precisam de maior tempo de cuidado e de aprendizados que só podem ser desenvolvidos em companhia de figuras claramente específicas, pai e mãe, ou seja, família, e não é qualquer família, é preciso que haja pessoas maduras e responsáveis o suficiente para orientar a geração mais nova.

Encerrando esse rascunho: é necessário entender que sexo sem compromisso estável pode gerar um filho sem pai, uma mãe sobrecarregada ou a pior das hipóteses, um aborto. Escolher um parceiro sem critério trará o mesmo resultado com o agravante muitas vezes de violência doméstica. Seja consciente, em nenhuma hipótese uma mulher será igual a um homem, por isso mesmo deveríamos educar nossos meninos para serem homens e pais. Do mesmo modo, as meninas deveriam ser educadas para serem mulheres conscientes, mães responsáveis. Ninguém é obrigado a ter filho, mas se fez, precisa saber que deverá arcar com as responsabilidades, seja homem ou mulher. Ninguém é obrigado a ter uma vida sexual desregrada, mas se tem, deve assumir as consequências e é isso que precisamos enfatizar para a geração mais jovem. “Seu corpo é seu”, mas o uso dele traz consequências que devem ser assumidas, economicamente, psicologicamente e socialmente. “Mulher não precisa de homem”, mas é preciso saber que filho precisa de pai.  

 REFERÊNCIAS

ARADZENKA, Isabelle. Número de crianças sem o nome do pai na certidão bate recorde em 2022. Disponível em: https://bebe.abril.com.br/familia/numero-de-criancas-sem-o-nome-do-pai-na-certidao-bate-recorde-em-2022/. Acesso em: 13 de ago. 2022.

CASTRO, Gabriel de Arruda. Filhos de famílias desestruturadas tendem a deixar a escola e a se envolver em crimes. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/familias-desestruturadas-filhos-deixam-escola-envolvimento-crimes/ . Acesso em: 13 ago. 2022.

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