O amor é leve, querido, mas pesa como uma avalanche, você se rende, não há escolha. Faz você sorrir,
mas te corrói aos poucos por dentro. Nem pense que por isso não vale a pena,
vale, mas tem que estar disposto. Você está? Eu sempre estive, já te amava de
pouco em pouco e todo dia muito. Da perfeição do supérfluo é que aprendi a te
admirar. Cada detalhe no meio de tanta coisa solta, mas do seu lado é tudo tão
diferente, eu aguentaria tudo, das compras no mercado ao pôr do sol na praia.
Andaria a pé por léguas porque estar com você é como encontrar água no deserto,
o tempo para naquilo que é bom. De uma conversa no café a um jantar 5 estrelas,
na calçada de casa ou em qualquer fila, com você qualquer canto fica agradável.
Beber do teu sorriso e dormir no teu perfume faz valer a pena, do afago do teu
toque ao beijo no pé da orelha, nem precisei procurar nada além disso, é tão
completo, tão suficiente que inunda tudo ao redor, mergulho e me enterro aí,
bem dentro do teu peito. Não dá pra fazer poesia porque Djavan já escreveu e
Quintana morreu, só posso contar sobre o sentimento antigo que nasceu agorinha,
tem cheiro de manhã e gosto de amor.
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