As coisas estão um
pouco loucas no meio cristão, muitos sentam-se à mesa dos demônios, comem com
escarnecedores e acham tudo normal, está tudo tranquilo, as coisas estão
evoluindo e os crentes devem fazer o mesmo. Porém, temos uma passagem
importante na Bíblia que parece muito com o contexto atual, trata-se da carta
de Paulo aos irmãos em Corinto, cidade Grega, desenvolvida culturalmente e
economicamente.
Nessa cidade, Paulo iniciou
uma igreja durante uma de suas viagens missionárias, lá muitos judeus e gentios
se converteram ao cristianismo. Em todos os lugares em que o cristianismo
chega, ele se apresenta como um estilo de vida diferente, baseado na Bíblia e
na doutrina dos apóstolos, o que causou durante muitos séculos perseguição e
mortes, até hoje cristãos são perseguidos porque seu modo de vida desafia o
status quo estabelecido por governos.
Vejamos o capítulo de
I Coríntios 10:1-36.
Ora, irmãos, não quero que
ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram
pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, E todos comeram
de uma mesma comida espiritual, E beberam todos de uma mesma bebida espiritual,
porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. Mas Deus não se
agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto. E estas
coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como
eles cobiçaram. (I Co. 10:1-36).
Não vos façais, pois, idólatras, como alguns
deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e
levantou-se para folgar. E não nos forniquemos, como alguns
deles fizeram; e caíram num dia vinte e três mil. E não tentemos a
Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes. E não murmureis,
como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor. Ora, tudo isto
lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já
são chegados os fins dos séculos. Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não
caia. Não
veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará
tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que
a possais suportar. Portanto, meus amados, fugi da idolatria. Falo como a
entendidos; julgai vós mesmos o que digo. (I Co. 10:1-36).
O povo que viveu os milagres era
o mesmo que escolheu viver de forma rebelde, comiam, bebiam, folgavam,
fornicavam com outros deuses, murmuravam contra Deus ao criticarem o modo como
Deus agia, por isso, o Senhor limitou a misericórdia e muitos caíram no
deserto. À exemplo do que aconteceu, Paulo estava alertando aos novos crentes para
que não vivessem uma vida como se Deus não se importasse, o apóstolo chamou a
atenção para que fugissem da idolatria, para que resistissem aos convites de
satanás e resistissem ao próprio ego.
Hoje a coisa não anda muito
diferente, assim como aqueles cristãos queriam estar na igreja e continuar
participando das festas e rituais mundanos, os crentes de hoje parecem cair no
mesmo erro, ao levarem suas crianças para as comemorações claramente idólatras,
ao frequentarem ambientes de bebedeira e prostituição, ao terem prazer no que
Deus já lhes revelou abertamente como inapropriado. Paulo continua a exposição:
Porventura o cálice de bênção,
que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é
porventura a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo
muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão.
Vede a Israel
segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são porventura participantes
do altar? Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao
ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as
sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com
os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não
podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou irritaremos o
Senhor? Somos nós mais fortes do que ele? (I Co. 10:1-36).
Os irmãos queriam agradar a si
mesmos, agradar aos outros, continuar participando de tudo o que seus vizinhos
e amigos lhes ofereciam como se a escolha diária de agradar a Deus não fosse
importante. Queriam comer da ceia e da mesa dos demônios como se Deus não
estivesse vendo e não fosse poderoso para repreender. Para os murmuradores,
Paulo explica:
Paulo não era um fanático e nem lunático, tinha consciência que muitas coisas oferecidas aos deuses estranhos eram vendidas nos açougues e os cristãos muitas vezes tinham suas escolhas limitadas, situação bem diferente dos crentes atuais, que possuem toda liberdade, condição financeira, esclarecimento bíblico e mesmo assim escolhem “as mesas dos demônios”, sentam-se na roda dos escarnecedores e “como pérolas aos porcos” ficam com a “cara lisa” ao serem chacoteados por sua fé. A liberdade cristã não abre motivo para a libertinagem. Paulo continua:
O apóstolo sabia que os ídolos não significam nada em si mesmos, mas compreendia o mal que a ação consciente de comer do sacrificado aos demônios poderia causar na mente do que não conhecia o evangelho. Veja que o problema não era apenas o alimento, era o contexto daquela refeição, do mesmo modo que não é o milho, não é a música, é o contexto anticristo desses ambientes.
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