E perguntais: por quê?
Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade
com a qual foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança
(...) Ele buscava a descendência que prometera. Portanto cuidai de vós mesmos,
e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Porque o Senhor, Deus
de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as
suas vestes, diz o Senhor dos exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não
sejais infiéis. (Ml. 2. 14, 15 e 16.)
O sistema pagão de
relações amorosas com certeza não é bíblico, o único problema é quando a igreja
concorda e apoia divórcios, consente com novos casamentos dentro das
congregações, tolera a imoralidade, e achamos normal. Temos exemplos entre os
nossos "ídolos do mundo gospel", quantos cantores estão do segundo
casamento para frente e todo mundo acha isso normal? Ouvimos que se não der
certo o irmão ou a irmã não pode ser infeliz para sempre.
Diante desse quadro,
nos deparamos com nossa própria hipocrisia, pois somos mestres em cobrir nossa
própria imoralidade e pecado, fazemos como nos dias de Moisés, encontramos
motivo para a carta de repúdio, mas quando estamos lidando com o pecado da
mulher adúltera em público, gritamos para que seja apedrejada, será que não
percebemos que da maneira como temos tratado os casamentos nas nossas
congregações estamos tão adúlteros quanto os mundanos?
O divórcio, ou repúdio, nasceu no coração mal
do homem, não no coração de Deus, porque Deus quer para si uma geração santa,
de filhos que tenham pai, mãe e irmãos; filhos criados e educados segundo as
santas escrituras e o divórcio não proporciona este ambiente. Igrejas caídas
são resultado de famílias caídas, sem direcionamento de Deus e das escrituras.
Os casais gospels estão
debaixo do mesmo jugo dos pagãos que é o contrato, você vê jovens que estão
querendo casar para poder ter sua vida sexual livre, outros querem casar porque
já viveram tanto tempo em prostituição dentro da igreja que se entediaram e agora
acham que está na hora de “se amarrar”. A mentalidade da nossa época de homens
e mulheres “poderosos” é que se não der certo, cancela o contrato e contrai
outro.
O problema está em que
tipo de evangelho e vida transformada é esta que dizemos viver. Casamos sem
aceitar que devemos honrar e ser fiel ao outro, devemos amá-lo para
apresentá-lo a Deus. Hoje não queremos suportar os defeitos do outro, temos uma
relação comercial em que só quero usufruir do que você tem de melhor, sem
compreender que quando tenho uma aliança, contraio o kit completo, vêm as
melhores e as piores coisas do outro.
Fazer uma aliança é
entrar no barco e navegar em alto mar, é trabalhar em união para não afundar
porque não dá para pular, e quando o mal vier de fora, vocês tentam resolver, e
se não conseguir, clama por ajuda, mas vai até as últimas consequências porquê
do sucesso da viagem depende a vida dos dois responsáveis e dos tripulantes
inocentes que chegam quando menos esperamos.
O contrato leva
você para o lago, no começo é tão bonito e tranquilo, depois você fica
entediado e como a terra está sempre à vista, por qualquer motivo ou chamado
externo, você nada em direção à terra ou amarra seu barquinho frágil na beira
do lago. Em alto mar não é assim, o barco tem que ser muito mais resistente
porque você não sabe o que vai acontecer, se tiver que parar em algum lugar
devido o cansaço de dias e dias navegando, você lança a âncora e sabe que seu
barco não vai sair por aí.
Na sociedade de homens
e mulheres “poderosos”, as coisas simples perderam o valor e tudo se transforma
em um show à parte, a aparência é mais importante do que o que as pessoas são,
a conta bancária é mais importante que o tempo dedicado a Deus em oração, sexo
e prazer de todas as maneiras são mais importantes que as famílias, é mais
importante que conhecer, amar e dedicar-se ao outro por uma vida toda. Essa
coisa do "pra sempre" fica para os atrasados. Ainda bem que os
verdadeiros discípulos serão conhecidos por suas vidas e não por suas palavras,
por seu amor sacrificial com relação ao outro, por sua lealdade e fidelidade às
sagradas escrituras.
Paulo alertou sobre o
caráter da humanidade nos últimos dias: “Os homens serão egoístas, avarentos,
jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos,
irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si,
cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos
prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o
poder. Foge também destes”. (II TM. 3.2,3,4 e 5.)
Veja que estas
características não seriam em partes isoladas da vida, seriam características
do caráter das pessoas e é o que tem sido pregado hoje, para que procuremos
nosso prazer, independente da desgraça do outro, que pai e mãe está mais para
“amigo” do que para autoridade espiritual dos jovens, as pessoas traem a
confiança uma das outras sem se importar com o mal que causam aos filhos e a
mulher da aliança, este é o quadro do mundo e da igreja desviada, infiel,
prostituta. A igreja verdadeira, fiel à palavra, permanecerá fiel à verdade
independente das circunstâncias financeiras e independente do defeito do outro,
o convertido tem uma aliança.
Pedro faz um alerta
para os salvos:“Por isso cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai
inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo.
Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis
anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que
vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso
procedimento,(...).”I Pe. 1. 13,14 e 15.
Toda a nossa maneira de
viver deve revelar quem Jesus é, ele não nos deixou, mesmo sendo quem somos,
porque conosco fez uma aliança de sangue, assim devemos suportar os irmãos, se
alguém não quer mais viver com seu cônjuge por um motivo fútil, pois que se
aparte, mas não há espaço, biblicamente falando, para se contrair novo
casamento, sabendo que iremos prestar contas a Deus segundo os padrões de Deus,
não segundo o que julgamos certo ou errado.
Uma aliança não deve
ser desfeita e se for desfeita não poderá ser realizada outra, a não ser que
seja como o próprio Deus fez, eliminou a primeira aliança da lei, ou seja,
morreu a primeira aliança para que então Cristo morresse selando a última e
perfeita aliança entre Deus e seu povo escolhido. Isto significa que se for
viúvo(a) pode ter segunda aliança,
porque a mulher da primeira, morreu.
Confira as seguintes
passagens e, por favor, olhe os contextos para não se embaraçar:
Mateus 19. 1 ao 12.
Marcos 10. 1 ao 12.
Há exceção, mas aqui
não é para casos como ameaça de morte, torturas, maus tratos ou coisas do tipo,
para estas circunstâncias o divórcio é uma forma de preservação da vida humana.
I Coríntios 7.10 ao 17.
De forma geral a mulher não se aparte do marido e o marido não deixe a mulher,
e se houver separação por motivos que não sejam estes já esclarecidos pelo
apóstolo, que fiquem sem casar, a exceção está no fato de que alguns cristãos
tem o cônjuge descrente e devido à fé em Cristo, o descrente pode querer deixar
o cônjuge cristão, então Paulo explica que pode haver o divórcio neste caso. I
Coríntios 7.39. Os viúvos podem casar novamente no Senhor.
O casamento é vitalício
até o fato de Mateus 19. 9 em que há prostituição, traição, se acontecer
prostituição, então pode haver o divórcio. I Coríntios 6. 10, se alguém já foi
assim no passado e se converteu ao Senhor, então se enquadra no versículo que vem
depois, dizendo que fomos limpos, ou seja, lavados.
Muitos fazem o caminho
contrário em que dizem ter sido limpos, entretanto não sabem o que é
fidelidade, não sabem tratar o outro com dignidade, com amor e respeito, não
compreendem que o outro é uma dádiva de Deus. Nos versículos seguintes do mesmo
capítulo 6, Paulo fala sobre a prostituição, que antes de ser um pecado contra
o outro, é um pecado contra si mesmo, o solteiro pode viver uma vida de
prostituição, não honrando a Deus no seu corpo e ainda usando outros como
objetos para satisfazer seus próprios desejos. O casado pode adulterar pecando
contra Deus, contra si mesmo e contra o cônjuge, em todos esses casos há
perdição e um afastamento claro do Senhor Jesus e de sua doutrina.
O apóstolo afirma: “Ou não sabeis que o vosso
corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e
que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai,
pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.”
(I Co. 6. 19 e 20). Assim, pertencemos a Deus com nosso corpo, por isso este
não deve ser instrumento para o pecado, o Espírito Santo mora em nós, por ele
somos levados a glorificar a Deus, tudo o que fazemos deve glorificá-lo como
Senhor sobre nós.
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