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O espírito do anticristo

 


Estamos habituados com a vinda do anticristo na figura de uma pessoa que governará durante um período determinado de tempo, isso é verdade, ocorrerá. Porém, há um fenômeno que merece maior atenção da nossa parte, os apóstolos nos alertaram, especialmente o apóstolo João, vejamos:

“(...) mas todo espírito que não confessa Jesus não procede de Deus. Esse é o espírito do anticristo, acerca do qual vocês ouviram que está vindo, e agora já está no mundo.” (I Jo. 4:3).

Assim como nós, os irmãos do primeiro século sabiam que o anticristo viria, eles estavam atentos, mas observemos que o apóstolo nos dá uma informação importante, esse espírito está no mundo, ele não virá, ele está no mundo. Esse espírito se levanta contra todos os valores bíblicos, não confessa o Cristo, se opõe a tudo o que o Cristo representa, se opõe à palavra do Cristo.

Nesse aspecto, estamos vivendo um período de apostasia e grande dificuldade para muitos cristãos. Estamos vivendo em uma sociedade que aplaude o assassinato de inocentes, que aceita todo tipo de imposição em nome da segurança pessoal, que vê com bons olhos ameaças contra cristãos e invasão de templos religiosos. Estamos vivenciando a atmosfera do governo do anticristo na terra.

O que nossos apóstolos orientaram para este tempo?

A primeira coisa é o entendimento sobre com quem estamos lidando: “Nós viemos de Deus, e todo aquele que conhece a Deus nos ouve; mas quem não vem de Deus não nos ouve. Dessa forma reconhecemos o Espírito da verdade e o espírito do erro.” (I Jo. 4:6). O espirito do erro cegou e deixou surdo todo aquele que se rebela contra Cristo, os filhos do erro estão fazendo aquilo que é próprio deles.

Mas a igreja? Como deve agir?

Logo depois de alertar os irmãos e revelar com quem lidamos, o apóstolo mostra a arma de guerra da igreja, leiamos:

Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. 9Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. 10Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 11Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar uns aos outros. 12Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós. 13Sabemos que permanecemos nele, e ele em nós, porque ele nos deu do seu Espírito”. (I Jo. 4:7-13).


O amor cristão não é o tipo de amor que concorda com o pecado, não é o tipo de amor que torna a verdade em mentira, mas é o tipo de amor salvador, restaurador, acolhedor. É o tipo de amor que condena o assassinato de um inocente, mas acolhe uma mãe em desespero. É o tipo de amor que condena o roubo, mas estende a mão para o necessitado. É o tipo de amor que condena o homicídio, mas acolhe órfãos e viúvas. Por isso o apóstolo diz que deveríamos ter amor uns pelos outros, a marca de Cristo é o amor, amor que corrige, que liberta, que transforma. Não tenhamos medo do espírito do anticristo que governa, já o vencemos; tenhamos medo de não sermos filhos da luz, de não conseguir expressar Cristo no meio de uma geração caída, uma geração que quer salvar o planeta, mas não entende que se o humano não for restaurado, nada será feito.

 

 A queda veio por meio de um humano, mas só Deus poderia providenciar restauração; ou aceitamos o governo de Cristo com todas as suas implicações, ou continuaremos enganados, pensando que o anticristo está lá fora, quando na verdade vive em nós. Naquele dia, muitos dirão que serviram a Cristo, mas serão lançados para longe, porque na verdade serviram a si mesmos, angariaram riquezas para si, e como muitos no tempo em que Cristo pregou, impediram a entrada dos outros no reino dos céus com seu mal testemunho e sua falsa religiosidade. Cuidemos dos de casa. Se a igreja não for igreja para os irmãos da fé, como poderá ser igreja para morar com Cristo em glória? Frequentar o templo, dirigir cultos e ter títulos de honra não fazem de nós cristãos, nossos frutos mostram o tipo de devoção que temos pelo Cristo da Bíblia sagrada.

 


 

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