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A guerra começa quando você já fez tudo.



Nossas batalhas têm sido intensas, nos sentimos como guerreiros que passaram muitos dias longe de casa, recebemos más notícias quase a todo instante, são problemas econômicos e de saúde, há momentos que nosso mundo parece desabar. Lembro que me senti sem chão quando estive com Mírian no hospital, eu não descansava e quando a fraqueza física tomava conta de mim, eu dormia em qualquer lugar, jogada numa cadeira ou outra. Eu não imaginava que a batalha mais difícil viria depois, quando “o sangue esfriasse”; ao voltar para casa com os braços vazios, me dei conta do grande mar que havia à minha frente.

Nunca entendi muito bem o que o versículo de Efésios 6: 13 queria dizer com “(...) havendo feito tudo, permanecer firmes”, porém depois que as grandes ondas de medo e tristeza passaram, veio exatamente a imagem do caos; como prosseguir se parecia que as ondas haviam levado nossa fé e nossas forças junto com o furacão? Foi aí que compreendi que você precisa permanecer firme quando tudo acaba, você precisa ficar firme depois da guerra, não adianta vencer os piores momentos para sucumbir diante da possibilidade de ter que começar de novo.

Nossa maior luta não é contra nossos irmãos, nossa maior luta é contra o desespero, contra a vontade de desistir, contra a incredulidade de nossos corações, contra nossas frustrações (EF. 6: 12). Precisamos guerrear contra a fraqueza espiritual, contra a cobiça, contra o pecado. Quando o apóstolo diz que precisamos ficar firmes é porque ele, mais que ninguém, sabia o que a “ressaca” de uma grande luta é capaz de fazer na vida de um peregrino. Outro personagem bíblico que enfrentou esse sentimento foi Elias, pois lutou contra os falsos profetas, mas depois de tudo, se sentiu tão cansado e sobrecarregado que pediu a morte (I Reis 19:4).

Profetas e apóstolos estavam sujeitos as mesmas tribulações que nós, mas aguentaram firme (I Pe. 5:9), sem retroceder, assim nós também, devemos caminhar, é claro que levamos as cicatrizes, mas não desanimemos porque o Senhor logo virá, devemos consolar uns aos outros com a esperança da volta do Senhor Jesus (I Ts. 4:18).

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