Há quase vinte anos, em uma casa humilde, com piso só no barro batido e paredes sem reboco, ao cair da tarde, minha mãe e eu, nos sentávamos no batente, ao pé da porta para ler a Bíblia e conversar. Eu ouvia as histórias sobre a infância de minha mãe, seu primeiro amor, as histórias sobre as mudanças que ocorreram na vinda para Fortaleza, enfim eram momentos para falar sobre coisas que não eram práticas, mas faziam todo o sentido, criavam laços. Era ao pé da porta que eu cantava para meu irmão tocar, logo quando ele confessou a fé em Jesus, também conversávamos sobre a igreja, planos ministeriais, compúnhamos coisas para Deus. Se aquela porta falasse, contaria muitas histórias. Tornei-me adulta, me casei e fui morar em outra casa. Momentos como aqueles, só se repetem em reuniões esporádicas da família, não mais com tanta qualidade como antes, sempre estamos todos apressados e moramos longe uns dos outros. As coisas mudaram. No momento, estamos todos de quarentena devido à pandem...
“Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis”. (João14:18,19)